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O Braço Direito do Anarquismo

O Black Block é o Braço Direito do Anarquismo

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Cinema Black Block

Cinema Black Block



EXIBIÇÃO DO DOCUMENTÁRIO
“BLACK BLOCK”
NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

Em 2001 a cidade italiana de Gênova sediou o 27º encontro do G8, grupo que reúne os oito países mais ricos do mundo (Estados Unidos, Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia). O governo organizou um forte esquema de segurança para o evento, mas isso não impediu o povo de se manifestar. Cerca de 300 mil manifestantes de diversos lugares do mundo marcharam pelas ruas, queimaram carros, quebraram bancos e enfrentaram a polícia, num dos maiores atos antiglobalização de que se tem notícia, e que ficou conhecido como a “Batalha de Gênova”. Durante os violentos confrontos a polícia efetuou centenas de prisões e cerca de mil pessoas ficaram feridas. Uma das tragédias que marcou os atos de Gênova foi a morte do jovem Carlo Giuliani, anarquista assassinado pela polícia com um tiro na cabeça. Após ter sido alvejado, os policiais ainda passaram com a viatura policial por cima de seu corpo. Giuliani era filho de um sindicalista com uma senadora comunista, e fazia parte dos mais de 2 mil manifestantes de Gênova que eram adeptos da tática Black Bloc de ação direta, que ficou bastante conhecida no Brasil após os atos de junho de 2013, e que se baseia na resistência à repressão policial e nos protestos por meio de destruição de símbolos do capital, já que os protestos pacíficos estavam sendo ignorados pelos governantes. Ao mesmo tempo em que acontecia o encontro do G8, ocorria também o Fórum Social de Gênova, evento de oposição ao encontro do G8, organizado por partidos de esquerda, associações antiglobalização e movimentos anticapitalistas. Os participantes do Fórum Social de Gênova acamparam na escola Diaz-Pascoli, que foi transformada em um centro de mídia independente e local de assessoria jurídica. A polícia classificou equivocadamente a escola Diaz como a base dos Black Blocs, e na noite de 21 de julho de 2001, 200 policiais invadem a escola espancando de forma brutal os manifestantes desarmados, muitos com as mãos para cima, e alguns até dormindo. Após a invasão da escola Diaz, 93 manifestantes de vários países foram presos de forma arbitrária, 62 ficaram gravemente feridos e 6 pessoas foram parar na UTI. A polícia, para justificar sua ação ilegal, planta dois coquetéis motolov no local. A polícia italiana foi duramente criticada pela opinião pública internacional, devido à extrema violência aplicada contra os manifestantes. Os policiais foram acusados de uso excessivo de força, prisão e detenção ilegal, conspiração e de plantar evidências. A equipe médica foi acusada de negligência e de ser cúmplice de espancamentos e torturas contra manifestantes. Devido à forte pressão internacional, 25 policiais foram julgados e condenados, mas cerca de 200 tiveram seus processos arquivados e continuam trabalhando normalmente, sem nunca terem pagado por seus crimes. O documentário “Black Block” contém relatos de alguns dos manifestantes que foram vítimas da cruel brutalidade cometida pela policia italiana. Uma amostra de que, para defender os interesses da elite, o Estado é capaz de cometer os atos mais desumanos contra o povo que reivindica seus direitos.


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